Começando pelo começo: fui apresentada à Wicked através de uma peça maravilhosa que assisti em Nova York no ano passado. A Livinha é quem foi responsável pela escolha do musical que íamos assistir e ela acertou em cheio.
Wicked é atualmente umas das melhores peças em cartaz na Broadway. Acho que isso se deve a uma combinação de fatores: os atores são fantásticos (especialmente a atriz escalada para o papel de Galinda/Glinda), o figurino bem acabado, a iluminação e efeitos especiais no tom certo, o texto leve e irreverente, mas principalmente à história.
Wicked narra a vida da Bruxa do Norte, antes de Dorothy desabar em Oz, matando sua irmã, a Bruxa do Leste. E a peça é interessantíssima!!! Explica como Elphaba nasceu e o porque da sua pele verde; como surgiram o Leão, o Homem de Lata e o Espantalho; e a razão de sua obsessão pelos sapatinhos vermelhos.
E exatamente porque foi tão bom, eu queria todos os detalhes da história, inclusive o que ficou de fora. Então comprei o livro que inspirou o musical: Wicked by Gregory Maguire. Gente, se arrependimento matasse, eu ja estaria enterrada!!! Que livro horrível, completamente diferente da peça (ainda bem!!!). Acho que os produtores se dedicaram apenas a ideia do autor e ignorou todo o seu livro, o que eu agradeço imensamente.
Então fica aqui a recomendação para aqueles que forem à NY: assistam Wicked!!!! Mas em hipótese alguma adquiram o livro!!!
3 comentários:
To chocada!!! O livro eh ruim?! JURA?! Aff...
A peca foi TAO BOA!!!! E eu fiquei TAO FELIZ de ter ido com vc! YAY!
hahahaahahahhah
Bjos
Bom saber so livro! hahaha E vi que vc está lendo Querido John! Tá gostando? Eu deixei uma indicação de livro essa semana no meu blog, depois passa lá. E comecei ontem Keys to the Repository, já estou adorando! Bjs
Discordo completamente! Ou nem tão por completo assim. A peça é, de fato, encantadora. Uma belíssima produção, que já começou acertando ao escalar como protagonistas a Idina Menzel e a Kristin Chenoweth. Ambas, além de serem cantoras incríveis e se encaixarem perfeitamente em seus respectivos papéis, têm “aquela” essência fundamental que todo ator que participa de um musical deveria ter: o poder de emocionar através do canto e da atuação.
As músicas de Wicked são deliciosas. Defying Gravity é a marcação perfeita para a transformação de Elphaba em Bruxa Má (seria mesmo Má?) do OESTE (e não Norte rs ;]). Mas a história em si, com um foco maior na amizade entre Glinda e Elphaba, deu a Wicked um quê de conto de fada da Disney. Tornou a história mais bonitinha, simplista, com direito, inclusive, a final feliz.
O livro vai além. Mostra uma Elphaba mais sarcástica, politizada, reflexiva, e idealista. A obra incita o leitor a fazer uma série de reflexões a respeito de vários temas: fanatismo religioso, abuso do poder político centralizado, existência de vida pós-morte, alienação da sociedade, preconceito, a origem do mal –e o que, de fato, seria o mal-, entre tantas outras questões. O autor faz ainda questão de, no último momento, ser fiel à história de Oz e não dar um final feliz à Bruxa. Talvez, simplesmente porque nem toda história tenha final feliz.
Acho Wicked, tanto o livro quanto o musical, interessantíssimos, cada um ao seu modo, à sua proposta. Ambos são maravilhosos e merecem prestígio.
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